Uma enquete realizada pelo GWeb na última semana revelou que 86% dos servidores de Guarulhos que participaram da pesquisa não aprovam o aumento de 2% dado à categoria pelo prefeito Lucas Sanches (PL). 61326d
A proposta, enviada pelo governo à Câmara Municipal, foi aprovada no último dia 8 e contou com o parecer favorável de 23 vereadores; 10 rejeitaram o projeto, enquanto um se absteve.
Insatisfeitos com a definição do Executivo e dos parlamentares, os servidores municipais decidiram pela greve, liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores na istração Pública (Stap). No dia 12, uma segunda-feira, milhares de manifestantes se concentraram em frente ao Paço Municipal, no Bom Clima, reivindicando por maior valorização da categoria.
No entanto, ao longo da semana, o governo Lucas Sanches, insatisfeito com os grevistas, ingressou com ação junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) para tentar tornar a greve ilegal. A Corte, porém, decidiu pela licitude, e os movimentos continuaram.
Com forte adesão dos funcionários da Prefeitura, que ocuparam avenidas importantes da cidade, como a Tiradentes, Esperança e Bom Clima, as manifestações seguiram reunindo milhares de pessoas até segunda-feira (19), um dia antes da audiência de conciliação marcada pelo TJSP.
Na terça-feira (20), contudo, durante a assembleia, o que deveria ser um dia de conquistas acabou se tornando um completo fiasco.
Diante de mais de dois mil servidores, o Stap conduziu a categoria à suspensão do movimento, mesmo sem ter obtido qualquer vitória frente ao governo. Chegou ao fim, dessa forma, a greve dos servidores.
O saldo final foi que a Prefeitura não apresentou nenhuma proposta superior aos 2%, e os diretores do Stap se deixaram convencer por um conjunto de argumentos que, na prática, não representaram qualquer conquista.